A Libélula no Âmbar - #2 - Outlander - Diana Gabaldon



"— Sou uma sassenach, afinal de contas — eu disse, percebendo a ironia. Ele tocou meu rosto de leve com um sorriso melancólico.— Sim, mo duinne. Mas você é minha sassenach."


Falar sobre um dos livros mais legais que já li na vida é uma tarefa muito difícil! 

A Libélula no Âmbar é o segundo livro da série Outlander publicada pela Arqueiro e que já foi produzida para TV pela Starz. Tem na Netflix gente!

Quando comecei a ler achei que tinha pulado algo do primeiro volume porque este livro não é uma continuação cronológica do primeiro e eu fiquei com cara de ué.

No início do livro nos deparamos com a Claire na meia idade, viúva de Jack e acompanhando sua filha adulta em uma viagem para Inverness. COMO ASSIM MINHA GENTE? 


Número de Páginas: 945
Editora: Arqueiro
Lançamento: 2018 (Relançamento)





Dois personagens inesquecíveis – Claire Randall e Jamie Fraser – estão de volta com uma história de aventura e amor que atravessa séculos… Claire Randall guardou um segredo por vinte anos. Ao voltar para as majestosas Terras Altas da Escócia, envoltas em brumas e mistério, está disposta a revelar à sua filha Brianna a surpreendente história do seu nascimento. É chegada a hora de contar a verdade sobre um antigo círculo de pedras, sobre um amor que transcende as fronteiras do tempo... e sobre o guerreiro escocês que a levou da segurança do século XX para os perigos do século XVIII. O legado de sangue e desejo que envolve Brianna finalmente vem à tona quando Claire relembra a sua jornada em uma corte parisiense cheia de intrigas e conflitos, correndo contra o tempo para evitar o destino trágico da revolta dos escoceses. Mesmo com tudo o que conhece sobre o futuro, como será possível salvar a vida de James Fraser e da criança que carrega no ventre?



Elas viajam para o funeral do Reverendo, o do primeiro livro, e são recepcionadas pelo (lindo) filho adotivo dele e também historiador. Claire aproveitará esta viagem para investigar o destino de seus amigos das terras altas após a batalha de Culloden, e lógico o destino de Jamie.

Roger e Brianna não conseguem entender a fixação que a mãe tem pela história da escócia e pelo misterioso James Fraser, até ela se deparar com uma pintura em um museu, ao olhar para a pintura Brianna sente como se estivesse olhando no espelho, tamanha semelhança com a mulher retratada. Ao ser confrontada, Claire decide contar toda a verdade à sua filha.

Ao revelar sua viagem ao passado e a real paternidade à sua filha, Claire também nos conta a história que está na lacuna entre os dois livros, sobre a chegada dos Fraser à França, suas tramas na esperança de minar a Guerra de Charles Stuart e a batalha de Culloden. As descobertas histórias de Roger e Brianna tornam esta narrativa mais rica em detalhes e é possível ter uma imagem bem clara de tudo o que o casal enfrentou por seus ideais e sentir o tamanho do amor que Claire ainda sente por James Fraser.






"Quem éramos nós para alterar o curso da história, para mudar o curso dos acontecimentos, não para nós mesmos, mas para príncipes e camponeses, para toda a nação escocesa?"






Esta forma de escrita traz um suspense e mistério que fica impossível largar o livro, eu não conseguia parar de pensar sobre o assunto. São 945 páginas que nem percebemos ler, que faz nosso coração doer com a saudade que Claire sente de Jamie e nos angustia cada vez que ela não encontra o nome dele em algum dos documentos históricos que procuram.

A autora se supera ao fazer um segundo livro tão bom (senão melhor) que o primeiro, com um casal que possui um amor tão lindo que é impossível não se encantar por eles, costumeiras revelações bombásticas, muitos detalhes históricos que enriquecem a trama e um final de tirar o fôlego.



"– Eu a encontrarei – murmurou ele em meu ouvido. 
– Eu prometo. Ainda que tenha que suportar duzentos anos de purgatório, duzentos anos sem você, esse será meu castigo, que eu mereci pelos meus crimes. Porque eu menti, matei e roubei; traí e quebrei a confiança. Mas há uma única coisa que deverá pesar a meu favor. Quando eu ficar diante de Deus, eu terei uma única coisa para contrabalançar o resto. Sua voz diminuiu, até quase se transformar num sussurro, e seus braços apertaram-me com mais força.
– Meu Deus, o Senhor me deu uma mulher especial e, Deus!, eu a amei demais."

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