A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata - Mary Ann Shaffer & Annie Barrows



“Talvez haja algum instinto secreto nos livros que os leve a seus leitores perfeitos.”

Cheguei nessa história pelo filme, e quando descobri que existia o livro fiquei doida para ler. E não me decepcionei!

A sociedade literária e a torta de casca de batata é um romance epistolar onde a personagem principal é Juliet Ashton, uma escritora inglesa em busca de história para um novo livro. Sua carreira está em ascensão após o sucesso de suas colunas durante a Segunda Guerra Mundial e a compilação delas no livro “Izzie Bickerstaff vai a guerra”.

O clima esperançoso do fim da guerra dita a ambientação do livro, mas a todo momento temos um vislumbre do tanto que as pessoas já sofreram, como exemplo quando Juliet comenta como seria delicioso comer manteiga, ter farinha para bolos ou fala do seu antigo apartamento que foi bombardeado.

“O único bem intacto era meu peso de papel de cristal – com Carpe Diem gravado em cima.”


Número de Páginas: 303
Editora: Rocco
Lançamento: 2009

A sociedade literária e a torta de casca de batata conta a história de Juliet Ashton, uma escritora em busca de um tema para seu próximo livro. Ela acaba encontrando-o na carta de um desconhecido de Guernsey, Dawsey Adams, que entra em contato com a jornalista para fazer uma consulta bibliográfica. Começa aí uma intensa troca de cartas a partir da qual é possível identificar o gosto literário de cada um e o impacto transformador que a guerra teve na vida de todos. As correspondências despertam o interesse de Juliet sobre a distante localidade e narram o envolvimento dos moradores no clube de leituras – a Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata –, além de servirem de ponto de partida para o próximo livro da escritora britânica. O clube, criado antes de existir de fato, foi formado de improviso, como um álibi para proteger seus membros dos alemães. O que nenhum dos integrantes da Sociedade imaginava era que os encontros pudessem aproximar os vizinhos, trazer consolo e esperança e, principalmente, auxiliar a manter, na medida do possível, a mente sã. As reflexões e as discussões a respeito das obras os livraram dos pensamentos sobre as dificuldades que enfrentavam e ainda serviram para aproximar pessoas de classes e interesses tão díspares, de pescador a frenólogo, de dona de casa a enfermeira. Instigada pela força dos depoimentos, a jornalista decide visitar Guernsey, onde a convivência com as pessoas que conheceu por cartas e a descoberta sobre as experiências dos ilhéus lhe dão uma nova perspectiva. A viagem proporciona à escritora mais do que material para seu livro. Guernsey oferece a chance de recomeçar após a Guerra, fazer amizades sinceras e encontrar o amor – em suas diversas formas. O que ela encontra por lá, e as relações que trava, mudam sua vida para sempre.

Uma carta recebida de um Senhor chamado Dawsey Adams, residente na ilha britânica de Guernsey intriga Juliet. Na carta ele diz que está em posse de um livro que já foi dela, que o adorou e se ela não poderia ajudá-lo enviando mais livros do mesmo autor, conta que lá não tem diversidade de livros tendo em vista que as ilhas ficaram ocupadas pelo exército alemão por anos. Nesta carta Dawsey conta que faz parte de uma sociedade literária, como ela começou e mudou a vida dos habitantes da ilha durante a ocupação. Juliet fica encantada com a sociedade e eles começam a trocar correspondências. 

Através destas cartas conhecemos o Dawsey, a rotina dos moradores da ilhas e de como foi a ocupação. Com o objetivo de escrever sobre a sociedade, Juliet começa a se corresponder com os outros participantes e neste ponto temos várias versões sobre os acontecimentos. Nesta época de whatsapp que vivemos, acompanhar as trocas de cartas traz um toque bucólico e romântico ao livro, ao mesmo tempo que me deixou curiosa sobre o que seria contado nas próximas cartas.

Além do enredo que é muito instigante outro ponto que eu adorei é a paixão que todos tem por leitura, assim do início ao fim vemos declarações de amor à livros, bibliotecas e o quanto a ler é maravilhoso!

“Como não há nada que me agrade mais do que vasculhar livrarias, fui para a Hastings & Sons assim que recebi sua carta. Frequento-a há anos e sempre encontro o livro que queria - e mais três que eu não sabia que queria.”

A sociedade literária e a torta de casca de batata se tornou um dos meus livros preferidos, uma história com exemplos de humanidade e compaixão ímpares, onde mostra como a união não só faz a força mas deixa o fardo mais leve também, e enalte os livros como ferramenta de transformação de pessoas e realidades!

Um grande abraço! 😘




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