[QUOTES] A Garota que Bebeu a Lua - Kelly Barnhill


Este foi um dos livros mais gostosos que li em 2018, lembrar de frases e trechos marcantes é reviver toda a magia e poesia que permeia uma linda história de esperança.

A resenha completa dela está neste post -> Clique Aqui!



Vamos de quotes?



E, um por um, os Anciãos seguiram, deixando a bebezinha para trás. Todos, exceto Antain, partiram sabendo que não era uma questão de se a criança  seria comida por animais, mas sim de que com certeza seria. 
Página 15


E cada um dos Anciãos sentiu uma certeza plena de que aquela criança não sobreviveria até o dia seguinte, e de que eles nunca mais ouviriam falar dela, nem a veriam, nem pensariam nela. Acreditaram que ela desapareceria para todo o sempre. 
Mas estavam errados, é claro. 
Página 16


Suas trilhas pela floresta não eram nem um pouco fáceis. Mas eram necessárias. 
Uma criança estava à sua espera, bem do lado de fora do Protetorado. Uma criança cuja vida dependia de sua chegada — e ela precisava chegar lá a tempo. 
Desde que Xan conseguia se lembrar, todo ano, por volta da mesma época, uma mãe do Protetorado deixava o filho na floresta, presumivelmente para morrer. Xan não sabia o motivo. Nem julgava. 
Mas não ia deixar o pobrezinho morrer. Então, todos os anos, ela viajava até aquele círculo de plátanos e pegava o bebezinho abandonado nos braços, levando-o para o outro lado da floresta, para uma das Cidades Livres do outro lado da Estrada. 
Aqueles eram lugares felizes. E eles amavam crianças. 
Página 20


Não levou muito tempo para as Cidades Livres tratarem a chegada anual da Bruxa como um feriado. As crianças que Xan trazia consigo, com pele e olhos brilhantes de luz estelar, eram consideradas bênçãos. Ela demorava um tempo escolhendo uma família adequada para cada uma delas.[...] 
E as Crianças Estelares, como eram chamadas, se transformavam de bebês felizes em adolescentes bondosos e em adultos graciosos. 
Página 21

Não sei por que as pessoas fazem metade das coisas que fazem, 
e discordo do que fazem na outra metade. 
Página 22


Prendendo a bebê firme em um sling, Xan começou a caminhar pela floresta, 
assoviando enquanto avançava. 
 Página 24


Era mais fácil esquecer. E assim Luna cresceu. 
Sem saber nada sobre luz estelar, nem luz do luar, nem sobre o nó apertado atrás de sua testa. E não se lembrava de ter encoelhado Glerk, nem das flores em suas pegadas, nem do poder que, mesmo agora, estalava pelas engrenagens, pulsando, pulsando, pulsando, inexoravelmente em direção ao ponto final. Sem saber sobre a semente dura e apertada de magia preparando-se para se abrir dentro dela. Ela não fazia a menor ideia. 
Página 85


Afinal, tinha 11 anos. Era tanto par quanto ímpar. 
Estava pronta para ser muitas coisas de uma só vez: criança, adulta, poeta, engenheira, botânica, dragão. 
Página 102


A louca descobriu que lhe era possível saber coisas. Coisas impossíveis. 
O mundo, sabia ela em sua loucura, estava cheio de pedacinhos brilhantes e peças preciosas. 
Um homem pode deixar uma moeda cair no chão e nunca mais encontrá-la, mas um corvo a encontrará em um instante. 
Página 110


Durante anos, as tristezas da louca alimentaram a Irmã Superiora. 
Durante anos, ela sentia as garras predatórias. 
(Devoradora de Tristeza, a louca descobriu que sabia o que a Irmã era). [...] 
Durante anos, ficou deitada em silêncio na cela enquanto a Irmã Superiora se fartava com sua tristeza. Então, um dia, não havia mais tristeza para ser consumida. 
A louca aprendeu a enclausurar o sentimento, trancá-lo com outra coisa. 
Esperança. Cada dia que passava, Irmã Ignatia partia faminta. 
Página 110

Mas também acreditava que passaria a vida sozinho e solitário. E o amor provou que ele estava errado. Agora o mundo era melhor que antes. Se aquela crença estava errada, será que as outras também poderiam estar?
 Página 113


E as coisas sobre as quais não falavam começaram a ter um peso maior que as coisas sobre as quais falavam. [...] As costas das duas se curvaram sob o peso dos segredos. 
Página 123

O coração da menina estava sendo atraído pelo coração da avó. Será que o amor era uma bússola? A mente de Luna estava sendo atraída pela mente da avó. Será que conhecimento era um ímã? 
Página 228


"Quantos sentimentos um coração consegue suportar? 
Olhou para a avó. Olhou para a mãe. Olhou para o homem que protegia sua família. 
Infinitos, pensou Luna. Assim como o universo é infinito. 
É luz e escuridão em movimentos eternos; é espaço e tempo, e tempo dentro do espaço. 
E ela soube: não há limites para o que um coração consegue carregar." 
Página 258

Nenhum comentário