Um Perfeito Cavalheiro - #3 - Os Bridgertons - Julia Quin




Se tem um mocinho que ganhou meu coração, depois de Jamie Fraser, lógico, foi Benedict Bridgerton. Segundo filho da tradicional família londrina, sempre sentiu que o viam como mais um da populosa família e nunca se interessavam por sua verdadeira identidade.

"Benedict é um Bridgerton, e, embora não houvesse outra família a que quisesse pertencer, às vezes desejava ser considerado pouco menos Bridgerton e um pouco mais ele mesmo."

Sophie é a filha bastarda de um conde que mesmo recebendo educação, moradia e algum conforto, nunca foi assumida ou recebeu atenção de seu pai. E quando ele se casa novamente e morre alguns anos depois, deixa sua herança para ela, a madrasta e suas filhas, com a condição de a madrasta cuidar de Sophie até os vinte anos, mas ela oculta esse detalhe de todos e obriga Sophie a trabalhar como empregada para pagar seu sustento na casa.



Número de Páginas: 304
Editora: Arqueiro
Lançamento: 2014


Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse parece um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, ela é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu. Uma noite, porém, ela consegue entrar às escondidas no aguardado baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhece o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles. Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia seguinte, enquanto ele procura sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres. O destino faz com que os dois só se reencontrem três anos depois. Benedict a salva das garras de um bêbado violento, mas, para decepção de Sophie, não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, logo se apaixona por ela de novo. Como é inaceitável que um homem de sua posição se case com uma serviçal, ele lhe propõe que seja sua amante, o que para Sophie é inconcebível. Agora os dois precisarão lutar contra o que sentem um pelo outro ou reconsiderar as próprias crenças para terem a chance de viver um amor de conto de fadas. Nesta deliciosa releitura de Cinderela, Julia Quinn comprova mais uma vez seu talento como escritora romântica. **** Antes que Sophie tivesse um segundo para respirar, os lábios dele estavam colados aos dela, gentis e suaves, fazendo-a se arrepiar inteira. Com a mão que estava na cintura dela – e que a guiara com tanta tranquilidade durante a valsa –, ele começou a puxá-la em sua direção. A pressão era lenta, mas inflexível, e Sophie experimentou um calor ainda maior conforme os dois se aproximavam, chegando ao ponto de sentir a pele queimar quando enfim o corpo todo dele estava encostado no seu. Ele parecia muito grande e poderoso, e em seus braços ela se sentia a mulher mais linda do mundo. O beijo ficou mais exigente. A mão de Benedict deslizou pelo braço dela até as costas e foi parar em sua nuca, e depois soltou seus cabelos do penteado. Nesse momento ela escutou um som estranho, exótico e retumbante. – O que foi isso? – Um gongo – respondeu ele. – Para anunciar que é hora de todos tirarem as máscaras. Sophie sentiu o pânico tomar conta de seu corpo. – O quê? – Deve ser meia-noite. – Meia-noite? – arfou ela. Benedict assentiu. – Hora de tirar sua máscara. Sophie levou uma das mãos ao rosto e apertou a máscara com força contra a pele, como se de alguma forma ela pudesse colá-la a seu rosto. – Você está bem? – indagou Benedict. – Preciso ir – retrucou ela, e, sem dizer mais nada, levantou a barra do vestido e saiu correndo.


Sophie não é uma menina boba que aceita tudo o que lhe é imposto, o coração bondoso não a impede de perceber a injustiça em que vive, assim não resiste à vontade e vai escondida ao baile de máscaras da família Bridgerton, afinal é ELA a filha do conde e não suas meias-irmãs. 

"Sophie suspirou. Vinha lendo sobre o próximo baile de máscaras havia semanas, e embora não passasse de uma camareira (e às vezes arrumadeira também, sempre que Araminta decidia que seu trabalho não estava o suficiente), não conseguia evitar o desejo de ir ao baile."


E tem a noite mais mágica de sua vida com Benedict Bridgerton, e some!

Benedict está encantado pela mulher misteriosa que conheceu no baile, em algumas horas ele pôde sentir que ela realmente se interessava por ele e não pelo seu sobrenome. E como ele podia saber que ela era maravilhosa se nem viu seu rosto? Não sabia, só sentia que ela era a mulher da sua vida.

Após alguns anos os dois se reencontram, Sophie não acredita que reencontrou seu príncipe do baile e Benedict não consegue esconder a atração que a nova arrumadeira de sua mãe exerce sobre ele, seria a hora de abandonar os anos de busca pela mulher misteriosa do baile?

Considero este livro uma maravilhosa releitura de Cinderela com uma participação maior do príncipe. Benedict me encantou pois nunca fingiu ser quem não é ou negou seu amor por ela. Ele sempre foi um romântico e um artista, apenas lhe faltava a força necessária para se permitir ser quem é, essa força era Sophie.

A história é contada pelo ponto de vista dos dois, desta forma pude ter uma perspectiva mais ampla dos acontecimentos mas também sofri mais, de um lado ficava angustiada com o segredo de Sophie, do outro ansiosa porque Benedict é muito lerdo para perceber as coisas. hehehe. Destaco a participação de Violet neste livro, ela foi magnânima da mesmo forma como eu a imagino e me deixou ansiosa para chegar ao último livro.

Este para mim foi o melhor livro da coleção, mesmo sendo uma releitura com um final totalmente previsível, Julia Quinn nos prova que "o como" tudo acontece é que faz a magia dos livros acontecer.

“Eu quero... - A voz dele virou um sussurro, e seus olhos pareceram vagamente surpresos, como se ele não conseguisse acreditar nas próprias palavras. - Eu quero o seu futuro. Cada pedacinho seu.”

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